“O esquerdista está me mandando calar a boca” disse senador Romário
- Comitê de Imprensa
- May 17, 2024
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A segunda sessão começou com muita emoção e gritaria, os ânimos estão a flor da pele
Por Rafaela Caldeira e Carolina Amorim
Na segunda sessão, com os senadores já mais familiarizados entre si, as discussões passaram a contar com argumentos cada vez mais consistentes. Como pauta da segunda sessão, os senadores debateram um projeto que propunha que o estado arcasse com todas as despesas médicas das vítimas de violência doméstica durante o processo de apuração e julgamento do caso. Além disso, os senadores retomaram uma pauta da primeira sessão: o trabalho obrigatório e não remunerado dos presidiários. Mas foi notório que não era de agrado de todos os participantes que esse assunto fosse retomado. Outro tópico abordado está relacionado com o crime organizado.

Durante a discussão, o senador Romário destacou um ponto importante, afirmando: "Uma intenção boa não salva um país, não salva uma vida.” Complementando a ideia de Romário, Eliziane afirmou que a lei apresentava ideias vagas. Durante a discussão sobre o trabalho obrigatório dos presidiários, o senador Romário comparou esse tipo de trabalho à escravidão. Em resposta, o senador Fabiano Contarato reconsiderou sua posição e propôs uma nova abordagem: transformar o trabalho em uma atividade voluntária. Além disso, ele sugeriu que as horas trabalhadas fossem convertidas em redução proporcional da pena dos indivíduos. Porém, no fim do discurso, o senador Fabiano, deixou claro que sua intenção ainda é a mesma: a ressocialização dos presidiários. A senadora Eliziane Gama considerou a proposta de Fabiano Contarato uma ideia brusca, e afirmou acreditar que o sistema de redução de pena no Brasil já seja suficiente e não vê necessidade de mudança.
Ainda na mesma pauta, o senador Eduardo Girão questionou se, no processo de ressocialização, os presidiários teriam supervisão estatal para evitar que cometessem crimes durante esse período. Em relação à pauta sobre crime organizado, o senador Hamilton Mourão afirmou que a polícia age de maneira excessivamente violenta e brusca. Ele sugeriu melhorias no processo de identificação desses grupos para garantir que pessoas não envolvidas com o crime organizado não sejam afetadas diretamente. Complementando a ideia de Hamilton Mourão, o senador Lucas Barretto afirmou que um desenvolvimento na segurança pública, auxilia no desenvolvimento tecnológico do país.
Em momento de crise, o senador Romário foi acusado de ter sequestrado o ministro João Silva. Em sua defesa, ele afirma que só o estão acusando por ele ser “preto e favelado.” Além de criticar a mídia, “a mídia é uma merda” . O senador e o diretor do comitê discutiram, e em momento de exaltação, o diretor chamou o Romário de bandido, provocando uma reação desarcebada do senador. A senadora Soraia saiu em defesa de Romário, pedindo ao diretor que a ouvisse “com coração aberto” e pediu para que o mesmo tirasse a censura imposta ao senador Romário. Todos os senadores do comitê se exaltaram e tentaram defender os seus pontos de vista. Como tentativa de melhorar o clima, o diretor tirou a censura de 30 minutos de Romário e deixou que ele se explicasse, mas antes que ele tivesse a chance, foi determinado que o senador Romário realmente estava envolvido no sequestro do ministro.
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